terça-feira, 13 de junho de 2017

Um Safari Amazônico desvendando as belezas dos Rios Negro & Solimões

Apesar de caboquinho, nascido e criado no Amazonas, confesso que ainda não havia feito esse passeio full day Encontro das Águas.

Indios Tuyuka contemplando a imensidão do Rio Negro
E foi através do convite da Cinthia Lobato, proprietária da agência CL Turismo, que embarcamos nesse safari pelos Rios Negro e Solimões


Cinthia Lobato, turismóloga e proprietária da CL Turismo e Lucemir Santos da ViajeMais.Blog
Entrada principal do Porto de Manaus
 Nosso ponto de partida, foi o Rodway ou simplesmente Porto de Manaus, como é mais conhecido pelos amazonenses.

Com saída prevista para às 9:00 da manhã, fui avisado de que deveria estar presente às 8:00 para fazer o check-in e retorno previsto para às 16 horas (chegamos às 16:10)

Antes do embarque, realizei o pagamento da taxa portuária (R$ 5,00) e fui orientado a seguir para o ponto de embarque, onde aguardamos até que todos os passageiros adentrassem a lancha, para que pudessemos sair do porto.

Prédio histórico da Alfândega no centro de Manaus
Vale o destaque, para que os pacotes sejam adquiridos antecipadamente, através de seu agente de viagens, sob pena de ao deixar para adquirir no dia do passeio, não haver disponibilidade, como acontecido no dia de meu passeio.

Comandante Sebastião e Cinthia Lobato
Aproveito a oportunidade também, para agradecer a recepção dada a todos os turistas que chegavam para o embarque, atenção esta, tanto por parte dos agentes de viagens presentes, no meu caso a Cinthia Lobato, quanto da tripulação do barco, o Capitão Sebastião da Lancha Especial III, quanto também de nosso Guia Charles Vasconcelos.

Saindo do porto, seguimos rumo a nossa primeira visita, mas antes podemos desfrutar no caminho das belíssimas imagens da costa do Rio Negro e ainda da Ponte Rio Negro.

Pose para fotos com a Tribo Tuyuka e os visitantes
Nossa primeira parada foi na aldeia da Tribo Indígena Tuyuka (Os tuyukas são um grupo indígena da família linguística tucana oriental que habita o noroeste do estado brasileiro do Amazonas, mais precisamente as áreas indígenas Alto Rio Negro, Médio Rio Negro I, Médio Rio Negro II, Pari Cachoeira I, Pari Cachoeira II, Pari Cachoeira III, Yauareté I e Yauareté II, além da Colômbia). Onde fomos recepcionados pelo cacique e toda a tribo.

Já na chegada ao pequeno porto improvisado, nos deparamos com uma belíssima exposição de artigos artesanais indigenas, uma espécie de feirinha de artesanato, que além de encantar com sua beleza, ainda podiam ser adquiridos, ajudando assim na subsistência da tribo.


Depois fomos levados a uma grande maloca, espécie de barracão, onde um representante da tribo fez a apresentação de alguns rituais, depois chamando a tribo toda para uma dança ritualística, onde envolveram todos os visitantes, fazendo-os experimentar um pouco dos seus rituais de dança.


Além da feirinha de artesanato, das apresentações ritualísticas e da dança, fomos convidados a conhecer um pouco da cultura gastronômica da tribo, onde podemos experimentar de algumas iguarias nada convencionais para nós, acostumados com os temperos tradicionais da cidade grande. Dentre essas iguarias, podemos destacar a formiga assada e a larva do côco (uma espécie de tapurú gigante), além de peixes assados.

Larva do côco (tapuru)
A tribo ainda deixou todos bastante a vontades, para experimentarem um pouco das pinturas no corpo, utilizando tintas vegetais e também colocaram-se a disposição de todos que quisessem ser fotografados aos seus lados.

Peixe Assado e Farinha de Mandioca
Formiga Assada


É importante frisar, que além da compra de seu pacote para esse passeio, você deve levar algum dinheiro extra, pois em cada parada, sempre surgem possbilidades de aquisições adicionais, como no caso da visita a tribo, a feira de artesanato indígena, em outros locais algumas delícias da culinária amazônica, pesca de pirarucu, etc...


Saindo de nossa visita a Tribo Tuyuka, atravessamos o Rio Negro rumo ao Flutuante Aquatiku´s II, onde funciona o Boto Jacaré Ubal Turismo, para a interação com os Botos (o boto, também chamado peixe-boto, franciscano e toninha, é um mamífero da ordem Cetacea, nativo da Amazônia e das costas do Atlântico, Pacífico, Índico, Mar Adriático, Mar Arábico, Mar Cáspio, Mar Vermelho e Golfo Pérsico e que é parecido com um golfinho. Os botos são dos poucos únicos mamíferos dessa ordem que possuem representantes vivendo exclusivamente em ambientes de água doce, sendo considerados, por alguns zoólogos, como as espécies atuais mais primitivas de golfinhos..

Momento de Interação com os Botos
Guia Charles Vasconcelos (Cantor nas horas vagas)
Chegando ao local, nosso Guia Charles, passou toda a orientação de como deveríamos proceder e aqueles que optaram por fazer o Nado com os Botos, foram divididos em 2 grupos, entrando um grupo de cada vez para curtir essa experiência maravilhosa, sempre acompanhados de perto pelo guia e tratador dos botos.

 Viver essa experiência de interação com os primos dos golfinhos, nossos amados Botos Cor de Rosa, é sem dúvida uma recordação inesquecível, face a inteligência e doçura dessas adoráveis criaturas.


 Deixamos então os belíssimos botos descansando em seu habitat e seguimos viagem para o Lago do Janauari, pertencente ao município de Iranduba, rumo as Vitórias Régias, belíssima planta aquática da amazônica. Mas antes de falarmos mais da Vitória Régia, fizemos uma parada no Restaurante Valdecy, um belíssimo restaurante flutuante, onde podemos nos deliciar das maravilhas da gastronomia amazônica, participando de um almoço self-service com muita fartura, já incluso em nosso pacote (excessão para as bebidas que precisam ser pagas a parte).
Mesa farta de frutas amazônicas
Almoço self-service composto pela culinária amazônica
Enquanto faziamos a digestão, podemos conhecer a Feira de Artesanato Janauarilândia, uma feira flutuante, com diversas lojinhas de artesanato.

Após a visita a Feira de Artesanato Janauarilândia, seguimos para uma caminhada, sobre uma ponte flutuante, rumo ao lado das Vitórias Régias (uma planta aquática da família das Nymphaeaceae, típica da região amazônica. Ela possui uma grande folha em forma de círculo, que fica sobre a superfície da água, e pode chegar até 2,5 metros de diâmetro e suportar até 40 quilos se forem bem distribuídos em sua superfície).
Feira Flutuante de Artesanato - Janauarilândia
 Essa caminhada sobre a ponte, também pode lhe proporcionar prazeres maravilhosos, tendo vários macacos e outros animais nativos da região lhe acompanhando nesse trajeto ou desfrutando de seu habitat natural. 


 
Após esse passeio, seguimos nossa viagem, rumo a Comunidade Flutuante do Catalão, uma espécie de bairro flutuante, que conta com igreja e templos religiosos, escola, comércios, e um grande número de habitantes.


Ainda na Comunidade do Catalão, fizemos nossa parada na Peixaria El Shaday, onde funciona uma bela loja de artesanatos regionais e um viveiro certificado de Pirarucu (O pirarucu (nome científico: Arapaima gigas) é um dos maiores peixes de águas doces fluviais e lacustres do Brasil. Pode atingir três metros e seu peso pode ir até 200 kg).

Imagem de uma onça pintada com seu filhote na boca, exposta na loja de artesanatos na comunidade do Catalão.
A Peixaria El Shaday, possui um viveiro para peixes menores, cerca de 8 a 10 kg e que nos foi apresentado por nosso guia e opcionalmente, o turista pode experimentar pescar um pirarucu, uma espécie de pesque pague (ingresso no valor de R$ 5,00), só que ao invés de um anzol, a isca são pequenos jaraquis (um peixe também da região), que são amarrados a linha da vara e o turista o lança dentro do viveiro, onde são literalmente abocanhados pelos pirarucus, proporcionando ao pescador uma experiência sensacional, segundo descrição das pessoas que conversei no local, sendo assim, sugiro não deixar de experimentar a pesca ao pirarucu, que nesse viveiro podem chegar até 3 metros e 200kg.

Pesca de Pirarucu com jaraqui no lugar do anzol
 Saindo da Comunidade do Catalão, fomos ao nosso destino final desse maravilhoso Safari Amazônico, o famoso Encontro das Águas.

O encontro das águas é um fenômeno natural facilmente visto em muitos rios da região amazônica, os fatores para acontecer isso na região variam desde questões geológicas, climáticas, termais ou até mesmo o tamanho ou a acidez dos rios, o mais famoso encontro das águas ocorre na frente da cidade de Manaus entre os rios Negro e Solimões
 Assim terminamos esse nosso Full Day Amazônico e retornamos ao ponto de saída, o Rodway (O Porto de Manaus é um porto fluvial brasileiro localizado na costa oeste do Rio Negro no centro da cidade de Manaus. É o maior porto flutuante do mundo. Atende aos estados do Amazonas, Roraima, Rondônia, Acre e áreas do norte do Mato Grosso. Construído em um cais flutuante e projetado por ingleses, foi inaugurado em 1907 quando a cidade vivia o apogeu da época áurea da borracha).

 
Fica aqui novamente nosso agradecimento a agência CL Turismo que nos convidou para o passeio, ao Guia Charles e a tripulação da lancha Especial III, que nos proporcionaram essa oportunidade de apresentar a vocês esse maravilhoso destino amazônico.



Por: Lucemir Santos

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